Com a decisão de encerrar a greve no Estado, os 42 núcleos do Cpers/Sindicato estão reorganizando o calendário para recuperar as aulas nas escolas que foram prejudicadas pelo movimento. De acordo com a entidade, cada núcleo possui autonomia para decidir como será feita a recuperação das horas perdidas com a paralisação, que durou 53 dias.
A recuperação das aulas faz parte de um acordo feito entre a Secretaria Estadual da Educação e o Cpers para que não fossem cortados os pontos dos grevistas. O cumprimento dos 200 dias letivos, como estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), é requisito para que os salários sejam pagos durante o período de paralisação.
Se, no início, a greve teve muitos protestos e ocupações de escolas, nas últimas semanas ela já vinha perdendo força no RS. No auge da paralisação, de 2,5 mil escolas, cerca de 500 foram afetadas de alguma forma, segundo o governo do Estado.
Embora não tenha conseguido nenhum reajuste salarial, o magistério comemorou a reposição dos dias de greve e a manutenção da gratificação por difícil acesso, ambos firmados em acordo com o Piratini.