A polícia de Papua Nova Guiné abriu fogo contra os estudantes que nesta quarta-feira protestavam contra o primeiro-ministro, ferindo ao menos 23 pessoas, cinco delas gravemente, indicaram testemunhas.
Há meses, os estudantes boicotam as aulas para pedir a renúncia do primeiro-ministro Peter O'Neill e para protestar contra sua negativa de acatar uma ordem de detenção por suspeitas de corrupção.
Segundo a imprensa local, os confrontos começaram quando os estudantes estavam saindo da universidade de Papua Nova Guiné para protestar ante o Parlamento, onde o primeiro-ministro enfrenta uma moção de confiança.
"Começaram a disparar contra eles (...) Em Papua Nova Guiné temos dois pesos e duas medidas, um para o primeiro-ministro e outro para os cidadãos normais", denunciou por telefone à AFP Noel Anjo Kolao, um ativista anticorrupção que participou da organização do protesto.
Por sua vez, o delegado de polícia Gari Baki indicou em um comunicado que há 23 feridos. Segundo dois hospitais de Port Moresby, cinco deles estão em estado grave.
Até o momento não há confirmação da morte de quatro pessoas anunciada pelos meios de comunicação australianos.
Segundo o delegado, quando a polícia disse aos estudantes que a manifestação era ilegal começaram a lançar pedras e os policiais responderam com tiros para o ar para dispersá-los.
"A polícia da cidade e do país atuará com contundência contra os oportunistas que tentam provocar distúrbios", indicou.
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