A garota de 16 anos vítima de um estupro coletivo em uma favela do Rio de Janeiro pode ter sido abusada sexualmente por dois grupos de criminosos. Relatos colhidos pela polícia apontam que a jovem foi estuprada em momentos diferentes, por até 12 homens. As informações são do G1 eFolha de S. Paulo.
Segundo a Polícia Civil do Rio, a jovem foi atacada por traficantes e, na noite do mesmo dia, foi violentada mais uma vez. Conforme a investigação, entre dez e 12 homens participaram do crime.
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Depoimentos revelam que a jovem saiu de um baile funk por volta das 7h, acompanhada por Raí de Souza, Lucas Perdomo e uma amiga. Os quatro foram para uma casa no Morro do Barão, em Jacarepaguá, e, por volta das 10h, os três foram embora e deixaram a adolescente sozinha. As testemunhas afirmam que ela estava cansada e, por isso, resolveu ficar no local. Suspeita-se de que a jovem estava sob o efeito de drogas.
Raí é suspeito de ter gravado o vídeo com a adolescente desacordada e foi preso temporariamente. Ele nega ser o autor do vídeo. Perdomo também foi preso, mas liberado na sexta-feira, dia 3, por não haver provas suficientes da participação dele, segundo a delegada Cristina Bento.
Depois da saída dos três, a menina foi encontrada desacordada por um grupo de criminosos da região e levada a outra casa, chamada de "abatedouro", usado por jovens da comunidade para a prática de relações sexuais. Segundo a polícia, o traficante Moisés Lucena, o Canário, foi quem carregou a adolescente para essa outra residência. Ela lembra de acordar sendo segurada por ele e o reconheceu por uma tatuagem no braço.
No "abatedouro", a menina foi violentada pelo grupo e por por outros que passavam pelo local. Não há a confirmação de quantas pessoas teriam estuprado a vítima.
Depois do crime, ela foi abandonada na casa e encontrada à noite por Raí, pelo ex-paraquedista Raphael Belo, de 41 anos, e por um traficante conhecido como Jefinho. Nesse momento, o vídeo foi gravado por Raí e divulgado na internet. Nas imagens, ao menos três homens estavam no local e um deles toca nas partes íntimas da jovem. Raí disse que jogou o celular fora, mas o aparelho foi encontrado pela polícia na casa de um amigo. Raphael tirou uma selfie ao lado da menina. Eles estão presos, mas negam terem estuprado a vítima.
A polícia procura outros quatro homens suspeitos.