Dois anos após ganhar as ruas para desbaratar um esquema aparentemente banal de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, a Operação Lava-Jato chega a um patamar inédito na história do país. Ao pedir a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), do senador Romero Jucá (RR) e do ex-presidente José Sarney (AP), todos do PMDB, a investigação testa seus próprios limites ao tentar assentar novas bases no tratamento que o Supremo Tribunal Federal (STF) confere a políticos poderosos suspeitos de corrupção e obstrução da Justiça. O pedido está nas mãos do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, e será submetido ao plenário da Corte. Não há prazo para a deliberação.
Lava-Jato
Janot deve ter elementos novos para pedir prisão de Renan, Cunha, Jucá e Sarney, dizem juristas
Processos tramitam sob o mais alto grau de sigilo no STF