Na segunda-feira, os moradores de Santa Maria e da região poderão se vacinar novamente contra o vírus Influenza. Os santa-marienses estão sem a vacina desde a última segunda, quando acabaram as doses em todos os postos de saúde, principalmente pela grande procura no "Dia D" da campanha, no sábado passado. De acordo com o delegado da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), Moacir da Rosa Alves, um carro do órgão já foi até Porto Alegre para buscar as doses, que devem chegar a Santa Maria nesta sexta-feira.
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Pela sede da 4ª CRS ser em Santa Maria, pode ser que a distribuição a secretaria municipal de saúde seja feita já nesta sexta-feira, e os postos de saúde já recebam as doses. No entanto, os demais municípios devem receber os lotes apenas na segunda-feira.
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A procura pela vacina contra o vírus Influenza, que também imuniza contra o vírus H1N1, tem sido tão grande que até as clínicas particulares não contam com mais doses. Além disso, conforme apuração da Rádio Gaúcha SM, em Jaguari, consultórios médicos estariam vendendo receitas indicando doenças para que pessoas que não são dos grupos prioritários consigam receber vacina pela campanha. A secção do Conselho Médico do Rio Grande do Sul em Santa Maria diz que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.
Investigação
Nesta sexta-feira a Polícia Federal deve ouvir a doutoranda que prestou o primeiro atendimento, no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), à estudante de Medicina que morreu há uma semana e estava infectada pelo vírus H1N1. Na quarta, uma amiga da jovem foi interrogada, e o depoimento dela foi considerado muito importante, já que há mensagens em que a estudante relatou a amiga a gravidade da sua situação e a falta de atendimento.
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O pai da estudante, que mora em Porto Alegre e viajou para Santa Maria para acompanhar a filha na busca por atendimento, também será interrogado. Mas ele ainda não tem condições emocionais. A PF aguarda que o Husm envie a relação dos médicos plantonistas que estavam de serviço no dia do acontecido. Os prontuários médicos da estudante, no Husm, no hospital da Guarnição, onde ela também teria buscado atendimento, e no Caridade, onde ela acabou morrendo, e o laudo que confirma a infecção pelo vírus H1N1 foram outros pedidos da PF. O inquérito investiga se houve omissão por parte dos médicos quando a estudante buscou atendimento.