O bloqueio do portão de acesso principal à escola Emílio Meyer, em Caxias do Sul, deixou alguns professores que não participam da greve da categoria indignados nesta segunda-feira. Ao chegarem para as aulas, eles ouviram dos alunos que ocupam o colégio que a passagem estava obstruída. A diretora chamou, então, a Brigada Militar, que foi até o local e negociou com os estudantes a liberação da entrada.
A polícia também teve de intermediar um princípio de confusão no Instituto Cristóvão de Mendoza. Os alunos colocaram cadeiras em frente ao portão para bloquear o ingresso dos colegas, e uma professora ligou para a Brigada. Um estudante monitorava quem chegava na escola e pedia aos docentes que batessem o ponto na sede da 4ª Coordenadoria Regional de Educação.
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– Queríamos ter a oportunidade de conversar com todos sobre o porquê da ocupação, os contra e os a favor – alega Jordano Camatti Ferreira, 17 anos, sobre o incidente no Emílio Meyer.
Ele afirma que os outros acessos ao colégio estavam liberados e que não havia motivo para acionar a polícia. O objetivo principal dos estudantes é convencer os colegas indecisos a aderirem à ocupação, pois, com o esvaziamento das aulas, o movimento ganhará mais força.
Na escola Cavalheiro Aristides Germani, um cadeado tranca a entrada de estudantes ou funcionários contrários ao movimento. Na manhã desta segunda-feira, dezenas de jovens, acompanhados de alguns professores grevistas, fazem reuniões em uma sala de aula.
– Estamos aqui desde sexta-feira e não há nenhuma baderna – diz Vitor Toledo, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio.