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Parada gay de São Paulo tem gritos de "Fora Temer"

Edição deste ano teve como principal bandeira a aprovação da Lei de Identidade de Gênero para travestis e transexuais

Estadão Conteúdo

Com gritos e cartazes, ativistas da causa LGBT protestaram contra o governo Michel Temer (PMDB) neste domingo, na 20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. O ato ocorreu na Avenida Paulista, na região central, com início às 10h. os gritos eram de "Fora Temer" e "Volta Dilma".

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Erguendo um cartaz de "Fora Temer", a ativista Phamela Godoy disse que, em duas semanas de governo interino, houve recuo nas conquistas LGBT.

– Nós não podemos nos furtar de discutir a agenda política do país. Quando os grupos conservadores avançam, os direitos LGBT são os primeiros a serem atacados – disse.

Phamela citou o fim do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, além da Coordenação de Política LGBT e da redução no orçamento de políticas de prevenção da Aids.

– Em um país que não respeita a democracia, não é possível discutir direitos para minorias – afirmou.

Neste ano, a edição da Parada teve como principal bandeira a aprovação da Lei de Identidade de Gênero para travestis e transexuais. Um total de 17 trios elétricos foram voltados para o tema. A organização estima que 2 milhões de pessoas participaram do evento.

Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Fernando Quaresma, transexuais são vítimas de "crimes com requintes de crueldade" e excluídos por não poderem usar oficialmente seus nomes sociais.

– Ajuda a evitar vários problemas, como evasão escolar, falta de absorção no mercado de trabalho e problemas com a família – disse.

– Nós queremos dar visibilidade ao segmento "T". Não só em São Paulo, em grandes centros, mas principalmente no interior sofre muito com "LGBTfobia", com o preconceito e a vida à margem da sociedade – afirmou.

Quaresma também destacou a Parada como espaço para discussões políticas e afirmou que "não adianta ter uma estrutura que não é voltada para o povo".

– Nós lutamos todos os dias pelos nossos direitos. As pessoas preconceituosas, que têm a "LGBTfobia" nas veias, não param de trabalhar um dia para quebrar nossos direitos.

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