O Ministério Público prestou uma homenagem à promotora Ivanise Jann de Jesus, que morreu em 29 de setembro de 2015, depois de 20 dias internada no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, lutando contra um câncer no estômago. A promotora tinha 44 anos. Em solenidade na última sexta-feira, foi dado o seu nome ao auditório da sede das promotorias de Santa Maria, que agora passa a se chamar de "Auditório Ivanise Jann de Jesus".
Participaram do ato o Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Dornelles, autoridades, colegas, os três filhos, o marido e a mãe de Ivanise.
– Ela era minha colega e amiga pessoal, por isso esse momento é especialmente emocionante e difícil para mim – disse o promotor Maurício Trevisan.
Comoção marca enterro da promotora em Santa Maria
Nascida em Porto Alegre, a promotora era casada com o médico radiologista Paulo Roberto Jesus, com quem tinha três filhas: Isadora, Isabela e Maria Augusta.
Além de trabalhar fortemente na conscientização contra o consumo de álcool, cigarro e outras drogas, Ivanise destacou-se por estimular os jovens a desenvolverem atividades com foco na vida saudável e no distanciamento de influências negativas. Ivanise defendia, por exemplo, o encaminhamento de jovens apreendidos por pichação a oficinas de grafite, para que pudessem aprender e expressar sua arte de maneira responsável.
Ivanise atuou no Caso Kiss
Ela ainda conduziu, ao lado do promotor Maurício Trevisan, o inquérito civil que apurou os casos de improbidade administrativa de funcionários públicos no caso do incêndio da boate Kiss.
Em junho, Ivanise completou 19 anos de Ministério Público. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde iniciou os estudos aos 17 anos, ela assumiu suas funções na 2ª Promotoria de Justiça de Rosário do Sul em 1996.
Dez meses mais tarde, foi promovida para a entrância intermediária, na 1ª Promotoria Criminal de Santa Maria. Em 2009, foi promovida ao cargo de promotora substituta de entrância final e na cidade permaneceu até então atuando na Promotoria Especializada.
* Com informações do Ministério Público