Batizado de Ato Contra o Golpe: Fora Temer, um protesto percorreu diversas ruas da área central de Porto Alegre na noite desta quinta-feira. Este foi o terceiro ato encabeçado pelo Levante Popular da Juventude, com participação das frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e de Lutas Contra o Golpe, desde que Michel Temer assumiu interinamente a Presidência.
A concentração, iniciada no final da tarde, ocorreu na Esquina Democrática. Sentados no chão, jovens desenhavam cartazes com palavras de ordem contra o presidente interino. O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RS), também foi alvo de críticas, assim como a extinção do Ministério da Cultura (MinC), o novo ministro da Saúde e a atuação da BM nos protestos anteriores.
– Nem recatada, nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar – gritavam os manifestantes.
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A primeira parada da caminhada foi em frente ao Palácio Piratini. Um boneco do governador José Ivo Sartori foi queimado. O mesmo destino tiveram as representações de Temer e Cunha.
Dali, seguiram rumo à Avenida João Pessoa, onde fica a sede do PMDB, um dos destinos anunciados para a manifestação. No caminho, as cerca de 10 mil pessoas, conforme os organizadores – a polícia não fez estimativa de público –, foram saudadas por moradores ao passar em frente à Casa do Estudante da UFRGS.
O prédio peemedebista foi pichado com a palavra golpe. Dois ou três chutes foram desferidos na porta, e os autores, repreendidos por pessoas que estavam próximas. O ato teve como ponto final o Largo Zumbi dos Palmares, onde, sentados no chão, os manifestantes interromperam o trânsito na Avenida Loureiro da Silva. Foi nesse local que houve confronto com a BM na sexta-feira passada. A polícia pediu que a via fosse liberada às 21h, caso contrário haveria desobstrução. Grupos dispersos ainda permaneciam na rua após o horário combinado.
Também na noite desta quinta-feira, dezenas de pessoas ocuparam a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Porto Alegre, localizada na Avenida Independência. O ato soma-se a outros realizados em pelo menos 15 capitais com críticas à extinção do Ministério da Cultura e absorção da área pela pasta da Educação. Não há previsão para desocupação do prédio.
Acompanhe o protesto desta quinta-feira: