A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou nesta quarta-feira, 11, que o Partido dos Trabalhadores vai "trabalhar muito na Comissão" [Especial do Impeachment] nos próximos 180 dias na tentativa de reverter o julgamento do mérito do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Para ela, conseguir o apoio da opinião pública será fundamental para fazer o convencimento dos senadores.
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– A partir do momento em que a gente vê que tem uma posição diferente de pessoas que antes eram a favor do impeachment e que agora são contrárias, isso vai acabar influenciando aqui. E nós vamos ter mais tempo para discutir isso e mostrar que o que está se dando aqui não é um processo de impeachment previsto na Constituição. É uma forçação de barra para tentar imputar um crime que não existe à presidenta.
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Antes de discursar e votar contra a admissibilidade do processo, a ex-ministra da Casa Civil também garantiu que o PT vai resistir. A representante pediu o apoio da militância e o aprofundamento do debate por parte da sociedade brasileira.
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– Queremos que os seis meses que nós temos sejam utilizados exatamente para a gente poder mostrar para sociedade brasileira o que está acontecendo. Acho que é importantíssimo a nossa militância esclarecer e a população brasileira tentar se aprofundar nesse debate.
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Segundo Hoffmann, o "legado construído nos últimos 14 anos", no que tange os "direitos trabalhistas, programas sociais e as políticas que atendem população mais pobre" será igualmente defendido.
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– Não vamos transigir na discussão sobre direitos trabalhistas. Essa questão de o negociado se sobrepor ao legislado não vai ter espaço aqui. A questão de desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo: também não aceitamos isso. Nós vamos resistir. O salário mínimo tem que ter, sim, reajuste real. Nós vamos resistir.