O Hospital Casa de Saúde, em Santa Maria, que é administrado pela Associação Franciscana de Assistência a Saúde (Sefas), manifestou-se sobre o relato da jovem Bruna Fani Duarte, 23 anos, sobre o seu parto na instituição. No post, que repercutiu amplamente nas redes sociais, a jovem conta como foi o atendimento no hospital e relaciona a morte do filho Vicente, aos 45 dias de vida, com o descaso de profissionais da instituição.
Vicente nasceu de parto normal. Segundo o relato da mãe, publicado na rede social, o bebê sofreu de anóxia e teve uma convulsão, após não ter sido encaminhado para um leito de Unidade Tratamento Intensivo (UTI) neonatal. Após a convulsão, Vicente foi levado para um leito no Husm, onde acabou morrendo ao completar 45 dias de vida.
Em nota enviada em resposta a perguntas enviadas pelo Diário, a assessoria de imprensa da Casa de Saúde informa que uma equipe médica acompanhou a paciente durante todo o procedimento do parto, e que todos os protocolos do parto normal foram seguidos. Além disso, informa que a instituição trabalhou na busca por um leito de UTI assim que a demanda foi identificada. Por fim, são negadas as afirmações de que profissionais tenham sido mal educados ou debochados com a paciente. (veja a nota na íntegra abaixo)
O Diário também entrou em contato com o Husm, onde o bebê morreu 45 dias depois do nascimento. A jovem havia afirmado que, no local, também não teria recebido o tratamento adequado dos médicos e da equipe de saúde. A assessoria de imprensa enviou o comunicado emitido pela direção do hospital:
Logo após o nascimento da criança em outro hospital, foi referenciado ao Hospital Universitário de Santa Maria com quadro clínico extremamente grave. Permaneceu internado na UTI RN por 30 dias. Já na Unidade de Internação Pediátrica, devido a doença de base fez pneumonia aspirativa. Foi novamente transferido para UTI, onde veio a falecer.
Confira a nota emitida pela Casa de Saúde na íntegra:
Viemos por meio deste esclarecer alguns fatos da referida paciente em seu relato pessoal, emotivo e carregado de tristeza e dor no seu facebook:
A Casa de Saúde recebeu a paciente com toda a equipe necessária para realizar o parto normal. Seguiu criteriosamente os protocolos do parto normal. Possuía, no dia do atendimento, 12 de março, toda a equipe multiprofissional: equipe de enfermeiros, médica obstétrica e médico pediatra. A paciente recebeu assistência por todo o período.
A Casa de Saúde não possui CTI. E como o bebê nasceu necessitando de cuidados intensivos, a equipe prontamente correu atrás de um leito na CTI do HUSM. Não havia liberação de encaminhamento, pois não HAVIA VAGA!
A equipe da Casa de Saúde entrou em contato com a Central de leitos e ainda assim não encontrava leito. Conforme o prontuário do dia 14, mesmo sem liberação de leito na CTI neo do HUSM, a Central de Leitos consegue liberação para transferência para o HUSM.
Em nenhum momento os profissionais debocharam, riram, foram sarcásticos ou atenderam aos gritos. Informação totalmente improcedente e caluniosa.
Está registrada em prontuários a evolução da paciente e do RN e todas as tentativas de conseguir um leito na UTI.