O ato contra o presidente interino Michel Temer e o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, terminou em confronto com a Brigada Militar na noite desta sexta-feira em Porto Alegre. Três manifestantes foram presos, e três policiais ficaram feridos – dois deles foram levados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) da Capital.
O protestou começou por volta das 18h30min na Esquina Democrática. Depois de uma caminhada, a manifestação chegou à Avenida Loureiro da Silva, bloqueando o trânsito no cruzamento com a Avenida José do Patrocínio, na Cidade Baixa. Após fracassadas tentativas da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de desfazer a barreira, teve início o confronto entre a tropa de choque da Brigada Militar e os manifestantes. Foram utilizadas bombas e granadas de efeito moral para desbloquear as vias dispersando o grupo, que revidou com pedras.
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Responsável pelo policiamento da Capital, o tenente-coronel Mário Ikeda disse que o grupo estava causando transtorno à população, pois um congestionamento se formava nas imediações do Largo Zumbi dos Palmares.
– Nós acompanhamos a manifestação desde o início, e estava transcorrendo pacificamente. Ao chegar na Loureiro da Silva, nós demos o tempo necessário para que eles fizessem a manifestação e desobstruíssem a via. A EPTC tentou o diálogo, concedemos bastante tempo, mas eles não saíram. Então, chegamos para fazer a desobstrução da via conforme está previsto no protocolo – afirmou o tenente-coronel.
De acordo com a EPTC, agentes que estavam no local conversaram com manifestantes para que houvesse o desbloqueio, mas não houve negociação. Segundo o órgão, foi somente então que a Brigada Militar foi acionada para intervir para a liberação do tráfego, seguindo o protocolo.
A manifestação foi encerrada por volta das 22h. Na quinta-feira, a polícia já havia usado bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que estavam na Cidade Baixa, em outro protesto contra o presidente interino Michel Temer.
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