A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJ) decide a partir das 14h desta quarta-feira a forma como serão julgados os acusados da morte do menino Bernardo Boldrini, há dois anos, no norte do Estado.
O TJ foi provocado por um recurso de defensores dos réus, tentando evitar que eles sejam submetidos a júri popular, como decidiu a Justiça de Três Passos, em agosto do ano passado.
O recurso entrou em pauta no TJ em janeiro, com um voto contrário aos interesses dos réus, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista de um dos três desembargadores da 1ª Câmara Criminal.
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São acusados da morte de Bernardo o pai dele, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, além dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
Bernardo desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos, e o corpo foi encontrado 10 dias depois, a 80 quilômetros de casa, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio.
Edelvânia, amiga da madrasta Graciele, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. Foi identificada, pela perícia, presença do medicamento Midazolam (sedativo) no estômago, rins e fígado da vítima. Os quatro réus estão presos preventivamente aguardando julgamento.