O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou nesta quarta-feira que o governo não trabalha "em hipótese alguma" com o cenário de aprovação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Rossetto disparou contra o vice-presidente Michel Temer, a quem chamou de "golpista" e disse que o governo está confiante no trabalho de não permitir que a oposição conquiste os 342 votos no domingo.
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- Nós não trabalhamos em hipótese alguma com esse cenário (vitória do impeachment). Estamos absolutamente confiantes que essa tentativa golpista, que a cada dia perde legitimidade, que esse golpe não terá os 342 votos. Será derrotado no plenário -, afirmou.
Sobre os últimos movimentos de partidos como PP e PR, que anunciaram votos pelo impeachment de Dilma, Rossetto disse que "não há alteração" na "correlação de forças" entre partidos. Ele citou como exemplo parlamentares do PP que já estavam comprometidos com a ala pró-impeachment e disse que Eduardo Cunha está "por trás" desse movimento político.
- É um movimento pesado de parlamentares, liderado por Eduardo Cunha, que é réu. Não é razoável imaginar um movimento contra corrupção liderado por Eduardo Cunha. Não há espaço para ingenuidade -, avaliou.
Ao se referir ao vice-presidente Michel Temer, o ministro Miguel Rossetto chamou-o de "vice-presidente golpista". E criticou a postura do peemedebista:
"Comportamento inaceitável, rasga a constituição, trai compromissos populares, cria situação insustentável", criticou.
Questionado sobre a postura do PT em momentos anteriores, quando o partido pediu o impeachment de determinados governantes, o ministro disse que "não há necessidade dessa autocrítica", porque, segundo elem o partido fez esses movimentos a partir daquilo que compreendeu que era sua "responsabilidade". Ele voltou a dizer que, no caso de impeachment de Dilma, não há crime contra a presidente.
"Algum crime foi cometido pela presidente Dilma Rousseff? Não. Não há nenhuma investigação contra a presidente Dilma Rousseff", argumentou.