O PDT iniciou nesta segunda-feira o processo de expulsão dos seis deputados federais do partido que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff – contrariando determinação do diretório nacional.
A decisão do PDT de votar a favor do governo foi tomada em dezembro do ano passado. Em 22 de janeiro, o diretório nacional a referendou por unanimidade. Na última sexta-feira, a orientação foi confirmada em reunião da executiva com integrantes da Comissão Nacional de Ética, presidentes dos movimentos de base partidária e integrantes das bancadas do PDT na Câmara e no Senado.
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Reunidos na manhã desta segunda-feira na sede nacional do partido, em Brasília, os membros da Comissão Permanente discutiram o comportamento dos deputados do PDT e, ao final, confirmaram a decisão de expulsar os deputados considerados "infiéis" pelo partido.
Votaram contra a determinação da direção do PDT e enfrentam processo de expulsão os deputados federais Giovani Cherini (RS), Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).
A Comissão de Ética iniciou os processos de expulsão garantindo a todos direito de defesa previsto na legislação e nos estatutos, e vai submeter o seu parecer ao diretório nacional do PDT já convocado para decidir sobre o assunto no próximo dia 30 de maio, no Rio de Janeiro.
O deputado gaúcho Giovani Cherini disse que estava ciente da decisão do partido quando optou por não seguir a orientação da bancada.
– Eu não ia trair meus eleitores, o meu Estado. Oitenta por cento das pessoas queriam que eu votasse pelo impeachment. Nenhum partido pode querer influenciar a consciência de um eleito. O partido tem o direito de tentar, mas eu não tenho a obrigação de aceitar a determinação de uma cúpula partidária que não tem sensibilidade – explicou.
Cherini afirmou, ainda, que irá "lutar" para permanecer no PDT.
– Vou me defender, lutar com unhas e dentes para continuar no partido.