Confira entrevista concedida por Adelar Pretto, integrante da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e um dos organizadores do "Acampamento da Legalidade e da Democracia", na Praça da Matriz, em Porto Alegre.
Qual a expectativa para o fim de semana?
Vamos permanecer em vigília na Praça da Matriz, aguardando o resultado da votação no domingo, que esperamos sair vitoriosos. Depois do resultado, iremos avaliar quais os próximos passos a serem dados. Mas uma coisa é certa: se eles derem um golpe, rasgarem a Constituição, não terão direito de exigir ordem da nossa parte. Nós não iremos nos calar se o golpe for dado.
Como será a mobilização?
Teremos o ato de hoje (sexta-feira, às 17h, na Esquina Democrática), iremos panfletear nas paradas de trem e de ônibus, explicando o que está em curso nessa disputa e a tentativa de golpe, e permanecer em vigília na Praça da Matriz.
Qual a orientação repassada aos manifestantes?
Para não aceitar provocações, manter a tranquilidade. Também estamos fazendo um debate político com várias pessoas que têm contribuído para a discussão, explicando o papel de cada Poder e da mídia.
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Quais medidas serão tomadas para evitar confrontos?
Estamos chamando a atenção para o cuidado que cada um deve ter em tentativas de ofensa, que não interessam a ninguém. Fizemos a marcha hoje (sexta-feira) pela manhã e, no domingo, permaneceremos na Praça da Matriz. Não sairemos em caminhada.
O impeachment de Dilma é golpe? Por quê?
Nós entendemos que sim, porque não existem razões legais e motivos para haver o impeachment. As pedaladas fiscais são o argumento, coisa que qualquer prefeito, governador e presidente já fez. Então, não é motivo para dar o golpe. A direita não aceitou o resultado das eleições e está insistindo ainda mais neste golpe com compra dos deputados. É um golpe, estão rasgando a Constituição, o que está provado por vários juristas, e nós não vamos aceitar isso.
