Depois de quatro dias de reunião com líderes dos partidos na Câmara dos Deputados, o presidente da Comissão Especial do Impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF), conseguiu fechar acordo. Nesta sexta-feira, foram mais duas horas de negociações para que todos, no final, assinassem um requerimento para a sessão desta tarde, marcada para as 15h, ser a única oportunidade para que os 133 inscritos (incluindo integrantes e não membros da comissão e líderes partidários) se manifestem sobre o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO).
– Vamos encerrar [hoje] a discussão e, na segunda-feira, na sessão que se iniciará às 10h, entraremos em processo de votação do relatório. Foi um acordo de consenso – disse Rosso.
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A reunião deve se estender até, no máximo, às 3h da madrugada de sábado. A expectativa é que todos consigam se manifestar, mas o horário não será estendido. Pelo Regimento da Câmara, cada um dos 130 integrantes da comissão (65 titulares e 65 suplentes) tem direito de se pronunciar durante 15 minutos. Os que não integram o colegiado podem falar durante 10 minutos.
A sessão de votação do parecer de Jovair Arantes, favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcada para segunda-feira, deve demorar cerca de cinco horas. O processo começa com a manifestação de líderes, que têm 15 minutos de fala, seguida pelas orientações de bancada e encaminhamentos, o que pode levar de quatro a cinco horas.
– Prefiro sempre tudo por acordo. Não estou 'bonzinho nem mauzinho'. Estou cumprindo o regimento e a Constituição – afirmou Rosso.
Para o líder do PT, Afonso Florence (BA), não dá para dizer que se saiu satisfeito, "mas foi o acordo possível". Do outro lado, Fernando Francischini (SD-PR) gostou do resultado. A oposição queria assegurar que nenhuma manobra protelatória pusesse em risco os trabalhos, fazendo com que a comissão passasse do prazo de 15 sessões.
*Agência Brasil