Depois da superlotação em delegacias de polícia (DPs) registrada no último fim de semana, cerca de 50 presos voltaram a lotar DPs da Grande Porto Alegre entre segunda e terça-feira. As informações são da Rádio Gaúcha.
Desse total, 12 estão no Palácio da Polícia, e nove na 3ª Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), na Capital. O restante está dividido em delegacias de Gravataí, Canoas, Viamão, Alvorada, São Leopoldo e Novo Hamburgo.
O problema, que ocorreu várias vezes no ano passado e de forma mais grave na última sexta-feira, se deve à interdição do Presídio Central e a interdições parciais de outras cadeias da região.
Uma reunião no Palácio da Polícia tenta resolver o impasse e negociar a transferência dos presos com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e a Justiça.
Operações policiais
Delegados de polícia que foram consultados pela reportagem da Rádio Gaúcha estão preocupados com a eficácia das operações. Alguns deles, pelo menos oito, estão esperando que o impasse seja resolvido para cumprir mandados de prisão.
Outros questionam o fato de ter mais de 300 vagas disponíveis no novo presídio de Canoas e que, segundo eles, serão ocupadas conforme o perfil de determinados presos.
_ Poderiam ocupar essas vagas provisoriamente e desafogar as delegacias _, diz um delegado.
Na última sexta-feira, cerca de 100 presos ficaram em delegacias de polícia da Região Metropolitana. Somente após uma negociação com a Justiça foi possível realizar a transferência deles. Pelo menos 60 foram para o Presídio Central.
Segundo delegados plantonistas, neste dia, presos atearam fogos em papeis, houve agressão física entre eles, ameaças de morte, depredações, além de presos algemados em barras de ferro fora da cela. Houve, também, o caso de um preso com tuberculose que necessitou de atendimento do Samu.