De um espaço cercado por livros, na biblioteca comunitária na Vila Laranjeiras, para uma tarde de subidas e descidas pelo Morro Santana, para contemplar a Capital de cima. A tarde de domingo de um grupo de 20 pessoas que decidiram participar da Ecotrilha Literária promovida pela Biblioteca Comunitária Visão Periférica foi animada por música e teve ainda conscientização ambiental e leituras sobre o empoderamento das mulheres.
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– Eu comecei subindo por causa dos cães e depois passei a trazer os amigos para desbravar o morro. No ano passado, fizemos três subidas e o pessoal quis vir ajudar nas coletas (de lixo) – explica Sidney Júnior Costa Bispo, 26 anos, idealizador do coletivo Visão Periférica.
Quando ele se refere aos cães, entre eles estava Belinha, uma Pitbull de oito anos que acompanha as trilhas desde a primeira edição, que contou com apenas cinco pessoas.
Com divulgação pelas redes sociais, o evento contou com a presença do casal Jorge Batista, 58 anos, e Lenita de Bem, 45 anos. O aposentado e a dona de casa saíram do Bairro Rubem Berta por volta do meio-dia. Na mochila, levaram água, bananas, maçãs, protetor solar e muita disposição para quase três horas de caminhada.
– Vim pela paisagem, que é linda. É bom também porque tem música, que dá um incentivo. E ainda ajuda na conscientização – observou Lenita, que havia participado de uma das edições da caminhada em 2015.
Mais experiente, o bem-humorado pintor Manoel Cruz, 58 anos, morador da Vila Laranjeiras, foi um dos guias do grupo.
– A primeira vez que subi aqui foi em 1977, quando estava no quartel e ficava uma semana aqui tendo instrução. Olha só como isso aqui é lindo! Conheço muitos lugares, mas não troco isso aqui por nada – disse, ao contemplar a paisagem no topo do Morro Santana, que é o ponto mais alto da Capital, com
311 metros acima do nível do mar.
Lixo recolhido durante a trilha
Enquanto o grupo fazia a trilha – é preciso um bom preparo para enfrentar as subidas bastante íngremes – ia recolhendo o lixo deixado por outras pessoas que passaram pelo Morro Santana: garrafas pet, papelão, vidro e latinhas foram alguns dos resíduos encontrados pelo caminho.
A trilha incluiu passagens pela cascatinha, por um local conhecido popularmente como Rancho dos Profetas, onde a comunidade costuma visitar para fazer orações, por uma das três lagoas, e a caminhada teve fim próximo à pedreira. Manoel foi um dos que aproveitou a caminhada para colher macela. A intenção é, também, que mais pessoas conheçam o morro.
– A ideia é fazer a trilha uma vez por mês, entre outros eventos da nossa programação – explica Sidney.
A biblioteca fica na Rua 5, casa 5, Vila Laranjeiras, Morro Santana. Mais informações na página facebook.com/vperiferica.
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