O dramaturgo Naum Alves de Souza morreu neste sábado, em São Paulo, aos 73 anos. Naum foi um homem de teatro, cinema, televisão, balé e ópera, atuando como diretor, autor, roteirista, cenógrafo, figurinista, artista plástico e criador de bonecos. As informações são da Folha de São Paulo.
Naum começou sua trajetória ao lado de Carlos Moreno, Flávio de Souza e Mira Haar no Pod Minoga Studio, um centro de pesquisas de linguagem cênica que virou fenômeno cultural na década de 1980.
Conforme o jornal Folha de São Paulo, amigos afirmaram que ele estava internado na UTI de um hospital de São Paulo, mas não souberam informar qual foi a doença que o levou à morte.
– Ele foi uma referência para o teatro brasileiro, um grande professor – disse a atriz Mika Lins, na madrugada deste domingo, à Folha. Mesmo sem ter trabalhado com o dramaturgo, ela assistia a muitos de seus espetáculos.
Entre os trabalhos mais relevantes, estão a trilogia formada por No Natal a Gente Vem Te Buscar, A Aurora da Minha Vida e Um Beijo, um Abraço, um Aperto de Mão, em que se inspirou nos conflitos vividos devido a sua formação familiar conservadora; a peça Suburbano Coração, com músicas de Chico Buarque; a adaptação de poemas de Adélia Prado para a peça Dona Doida, estrelada por Fernanda Montenegro; cenários e figurinos para o show Falso Brilhante, de Elis Regina; cenografia, figurinos e direção artística de Macunaíma, com direção de Antunes Filho; e o boneco Garibaldo, de Vila Sésamo.
Artistas usaram as redes sociais para lamentar a morte de Naum, como o ator, diretor e dramaturgo Dionísio Neto, que escreveu no Twitter: "Dedico meu dia a você, Phedra, e a você, Naum. Obrigada por cada sorriso que sorrimos juntos", referindo-se também à morte da atriz cubana Phedra de Córdoba, vítima de câncer neste sábado aos 77 anos.
O velório de Naum ocorreu neste domingo, no Cemitério Gethsêmani (Morumbi). O enterro estava marcado para as 17h.