Uma advogada foi presa em flagrante no início da noite dessa terça-feira em Rolante, no Vale do Paranhana, acusada de extorquir o prefeito de Riozinho, Airton Trevisani da Rosa. De acordo com a Polícia Civil, Mara Rosane Sarquiz foi presa depois de receber R$ 100 mil do prefeito. O dinheiro foi entregue em uma rádio de Rolante, que é do irmão do prefeito e próximo da residência da advogada presa. As informações são da Rádio Gaúcha.
Segundo a delegada Elisangela Reghelin, a mulher fazia ameaças ao prefeito há cinco meses. Ela acusava Airton Trevisani da Rosa de ter conhecimento de possíveis irregularidades no caso de adoções de crianças e de acobertar um ex-vereador do município em um caso de estupro.
– A advogada vinha sendo monitorada há cinco meses depois que o prefeito registrou uma queixa relatando que estava recebendo ameaças – afirmou.
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A Assistência Social e o Conselho Tutelar da cidade de Riozinho estão sendo investigados pela Polícia Civil e Ministério Público pela forma como foram feitas as retiradas da guarda de crianças de famílias do município. Diversas famílias reclamam da maneira como tiveram os filhos levados de casa e adotados por outras famílias.
Segundo a delegada, durante o depoimento do prefeito, ele entregou gravações com as conversas que teve com a advogada. Mara Rosane Sarquiz está na delegacia de pronto-atendimento de Taquara e será encaminhada ainda nesta quarta-feira ao sistema prisional.
Minha vida virou um inferno
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quarta-feira, o prefeito de Riozinho Airton Trevisani da Rosa afirmou que estava sendo extorquido desde novembro pela advogada.
– Ela me ameaçava com mentiras e chegou a pedir R$ 200 mil para ir embora da cidade e me deixar em paz. A minha vida virou um inferno depois disso – afirmou.
Em novembro, o prefeito registrou a tentativa de extorsão na delegacia de polícia de Riozinho. Desde então, vinha sendo assediado pela advogada.
De acordo com o prefeito, a advogada Mara Rosane Sarquiz sabia que todos os trâmites envolvendo a adoção de crianças no município estava dentro dos padrões de adoção da prefeitura de Riozinho.
– Eu entreguei as gravações à Polícia Civil que mostram que a advogada sabia que estava tudo certo nas adoções. Resolvi pagar porque a minha família está doente e o meu casamento corre riscos de terminar – afirmou.
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* Rádio Gaúcha