O republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton são os favoritos da Superterça das primárias à Casa Branca, dia capital que poderá ajudar o bilionário a pavimentar o caminho rumo à indicação de seu partido.
As primárias desta terça serão realizadas em 14 Estados e um território. No total, os dois grandes partidos votarão ao mesmo tempo em 11 Estados e um território (Samoa Americana), enquanto em outros três apenas um deles vai às urnas. A disputa desta terça não põe fim nem sequer decide a competição, uma vez que os eleitores de dezenas de outros Estados votarão até junho.
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Mas poderiam dar uma vantagem significativa para Donald Trump e Hillary Clinton na corrida para as convenções de julho - e talvez enterrar as esperanças de seus rivais de se recuperar.
A ex-secretária de Estado é a favorita da Superterça dos democratas. Ela infligiu no sábado uma derrota ao senador de Vermont, Bernie Sanders, na Carolina do Sul, e aparece com entre 20 e 34 pontos à frente no Texas, na Geórgia e no Tennessee, de acordo com pesquisas publicadas no domingo pela NBC/Wall Street Journal. A candidata está tão confiante que passa mais tempo do que antes a falar sobre a próxima etapa, a eleição de novembro.
- Não acredito que a América deixou de ser grande. O que precisamos fazer é resgatar a unidade da América - declarou na segunda-feira em Massachusetts, um dos Estados da Superterça, varrendo o slogan de Donald Trump, sem nomeá-lo. - Não podemos aceitar que os republicanos designem bodes expiatórios, acusem, apontem o dedo.
Sanders admitiu ter sido "morto" na Carolina do Sul, onde 86% dos negros votaram na mulher de Bill Clinton. Sua estratégia depende, portanto, dos Estados onde as minorias são menos representativas: Massachusetts, Minnesota, Oklahoma, Colorado, e, claro, seu próprio Estado de Vermont, que faz fronteira com Quebec.
Matematicamente, é impossível que Hillary conquiste uma maioria dos 4.763 delegados em curto prazo, ou seja, nesta terça-feira. Sua equipe reiterou aos repórteres que será uma maratona. Mas a candidata mostrou sua força ao vencer três das quatro primeiras consultas em um mês, dando fôlego à sua campanha, enquanto Sanders aproximava-se perigosamente dela nas pesquisas desde janeiro.
Trump continua a dominar seus quatro adversários, principalmente os senadores Marco Rubio (Flórida) e Ted Cruz (Texas). Ele é apontado com 49% das intenções de voto dos republicanos, a nível nacional, segundo uma pesquisa da CNN publicada nesta segunda-feira e realizada na semana passada, antes da última salva, muito virulenta, de ataques lançada por Rubio (16%) e Cruz (15%), com cinco pontos de margem de erro. Trump nunca esteve tão à frente em uma pesquisa, mostrando que o abandono dos outros candidatos nas últimas semanas o beneficiou. O empresário ganhou, com uma margem impensável há alguns meses, as três últimas consultas: New Hampshire, Carolina do Sul e Nevada.
Ataques contra Trump são mais intensos na fase final
Ele mostrou que seu índice nas pesquisas não era miragem e conseguiu conquistar ampla rede de partidários, incluindo conservadores e republicanos moderados. Houve polêmicas e derrapagens, e nunca os ataques contra ele foram tão duros quanto os dos últimos dias.
- Não sou eu. Sou um mensageiro. É realmente um movimento. Vamos ter de volta o nosso país, vamos gerenciá-lo de forma inteligente em vez de sermos idiotas - afirmou Trump, com seu boné vermelho "Faça a América grande de novo" a um público recorde no domingo, em Madison, Alabama.
Cerca de 32 mil pessoas, disse, é um número estonteante para a campanha nos EUA. A ansiedade se transformou em pânico entre os barões republicanos que acreditam que a nomeação de Trump seria a garantia de uma derrota na eleição presidencial de novembro.
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