Ponto alto da agenda do presidente americano Barack Obama em Cuba, o encontro com Raúl Castro ocorreu nesta segunda-feira no Palácio da Revolução, sede do poder político cubano, para onde Obama foi após prestar homenagem ao herói nacional José Martí. Durante pronunciamento à imprensa, o mandatário cubano elogiou os esforços do governo americano para retirar as sanções econômicas à ilha, mas pediu o fim do embargo.
– Reconhecemos a posição do Obama e de seu governo ante o bloqueio e seus reiterados pedidos ao Congresso para que o elimine. As últimas medidas são positivas, mas não suficientes – afirmou Castro.
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Castro demonstrou irritação durante uma pergunta sobre presos políticos em Cuba.
– Dê agora mesmo a lista dos presos políticos para soltá-los, mencione-a agora – respondeu Raúl Castro, visivelmente agitado, a um jornalista que perguntou sobre o tema. – Se há estes presos políticos, antes do cair da noite, estarão soltos – acrescentou.
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Defesa da democracia
O presidente americano, Barack Obama, afirmou que a reunião representa "um novo dia" nas relações entre os dois países, e assegurou que os Estados Unidos "defenderão a democracia". Tentando estabelecer um limite na pesada intervenção americana nos negócios da ilha, Obama prometeu que "o destino de Cuba não será decidido pelos Estados Unidos, ou por qualquer outra nação"
– Deixei claro que os Estados Unidos continuarão defendendo a democracia, inclusive o direito do povo cubano a decidir seu próprio futuro – disse Obama à imprensa.
Castro pediu a Obama que "aceite e respeite as diferenças e não faça delas o centro de nossa relação, mas que promova vínculos que privilegiem o benefício de ambos os países e povos".
* Zero Hora, com agências