O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, já respondeu a um processo administrativo disciplinar (PAD) na Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de obstruir as investigações do mensalão, em 2005. O inquérito foi instaurado e, no final, houve prescrição antes das conclusões.
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Na época, Aragão foi acusado de viajar a Nova York para tentar impedir que o Ministério Público daquele país entregasse provas e documentos a título de cooperação a investigadores brasileiros da Polícia Federal. No retorno, três dos delegados que viajaram aos EUA, depois de terem conseguido convencer os promotores americanos sobre a continuação da cooperação internacional, fizeram representação para denunciar a conduta do novo ministro. Os documentos que Aragão teria tentado obstruir diziam respeito a movimentação financeira do marqueteiro Duda Mendonça no Exterior.
Nesta segunda-feira, Aragão foi anunciado pela Presidência da República como o novo ministro da Justiça. Ele assumirá no lugar de Wellington César Lima e Silva, que, após apenas 11 dias, teve de deixar o cargo para preservar sua carreira no Ministério Público.
Aragão assume no momento em que, depois da delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), surgiram informações a respeito de supostas tentativas do Palácio do Planalto de obstruir investigações da Operação Lava-Jato.