A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que, em um momento de crise, é preciso entender os porquês de ajustes.
– Não fazemos ajuste para acabar com o futuro do país ou cortar programas fundamentais. Fazemos ajustes para preservar os caminhos – afirmou, durante cerimônia de nova etapa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no Palácio do Planalto.
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A presidente considerou estratégicos para o país os financiamentos realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Sistema S e frisou que o Brasil precisa de investimentos para voltar a crescer.
– O país precisa desse investimento para ultrapassar não só esse momento e voltar a crescer, mas, quando voltar a crescer, voltar com mais qualidade e mais capacidade de inovação – analisou.
Dilma fez questão de defender o programa, que, desde 2011, gerou 9,4 milhões de matrículas.
– A meta é só uma: garantir empregos melhores e com salários melhores – frisou.
Em meio à crise, Dilma salientou que é preciso rever os investimentos em determinados programas. De acordo com ela, mesmo que o programa seja bem sucedido, ele precisa ser aprimorado.
– A partir desse ano, vamos fazer alguns esforços em algumas áreas em que aprendemos que precisamos aprimorar – destacou a presidente.
No momento em que cresce a pressão de uma ala do empresariado brasileiro pelo impeachment de Dilma, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, presente no evento, afirmou que o compromisso da classe "continua firme no sentido de apoiar o desenvolvimento brasileiro e a retomada da nossa economia". Ele salientou ainda que investir em educação profissional deve ocupar um papel central para o governo e ajudará a competitividade do país.
Andrade citou também que o foco em educação de qualidade é a melhor estratégia para que o Brasil tenha condições de melhorar a crise econômica e fará com que a nação volte "ao caminho do desenvolvimento, do qual nos afastamos temporariamente".