Um ano depois de "ver nascer" os panelaços após pronunciamentos do governo ou do PT, a presidente Dilma Rousseff optou por não realizar um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV por ocasião do Dia Internacional das Mulheres, que é celebrado nesta terça-feira. No ano passado, Dilma usou o pronunciamento em rede nacional pela data para fazer uma longa defesa ao ajuste fiscal e pedir "paciência" e "compreensão" dos brasileiros porque, segundo ela, a atual situação era "passageira".
Segundo interlocutores da presidente, entretanto, ainda não há uma definição, mas é provável que ela use as redes sociais para se manifestar pela data. No pronunciamento de 2015, durante os 16 minutos da fala da presidente, foram registrados protestos – como panelaços e buzinaços – em diversas cidades do país. A manifestação com panelas depois acabou virando frequente em programas políticos partidários do PT.
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Em contraponto aos panelaços, na última sexta-feira, após a decisão do juiz Sergio Moro de decretar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, moradores de várias cidades brasileiras manifestaram seu apoio ao juiz e à Operação Lava-Jato e bateram palmas nas janelas de suas casas ou sacadas de apartamentos no momento em que o Jornal Nacional exibiu reportagem com trechos do discurso do ex-presidente Lula, feito à tarde no Diretório Nacional do PT.
No mesmo dia, os panelaços voltaram a acontecer quando a presidente Dilma Rousseff falou em defesa do petista e criticou "vazamentos" da Lava-Jato.