Um dos cúmplices dos comandos que organizaram os atentados de Paris, conhecido sob a falsa identidade de Soufiane Kayal, foi identificado como Najim Laachraoui, um homem de 24 anos, anunciou nesta segunda-feira a procuradoria federal belga.
"O nome Soufiane Kayal foi identificado como Laachraoui Najim, nascido em 18 de maio de 1991, e que foi à Síria em fevereiro de 2013", disse a procuradoria em um comunicado, sem indicar sua nacionalidade.
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Uma casa vasculhada em 26 de novembro de 2015 em Auvelais, perto de Namur, no sul da Bélgica, foi alugada sob a identidade falsa e foi utilizada para preparar os ataques de 13 de novembro, segundo a procuradoria.
"Rastros de DNA de Laachraoui Najim foram encontrados na casa alugada de Auvelais, assim como no apartamento da rua Henri Bergé em Schaerbeek (uma comunidade de Bruxelas) que teriam sido utilizados pelo grupo terrorista", disse a procuradoria, que lançou um novo apelo a testemunhas.
Laachraoui também passou por controles em um veículo no dia 9 de setembro, com sua falsa identidade, na fronteira austro-húngara, junto a Salah Abdeslam e Mohamed Belkaid, um argelino de 35 anos morto pela polícia na terça-feira em Forest, no sudoeste de Bruxelas.
Os investigadores acreditam que Laachraoui e Belkaid estiveram em contato telefônico com alguns dos comandos que estavam em Paris em 13 de novembro.
Há uma "forte probabilidade" de que Belkaid tenha sido o destinatário da mensagem de texto: "Vamos, comecemos", enviada às 21h42min por um dos suicidas da sala de espetáculos Bataclan, em Paris, a um telefone localizado na Bélgica.
Outro número belga telefonou na mesma noite a Abdelhamid Abaaoud, suposto organizador dos ataques, a partir do mesmo local em Bruxelas.
Em 17 de novembro, foi utilizada a falsa identidade de Belkais, Samir Bouzid, para fazer uma transferência de 750 euros a Hasna Ait Boulahcen, a prima de Abaadoud, para que encontrasse um esconderijo na região parisiense.
Abaaoud e Boulahcen morreram no ataque que a polícia francesa lançou no apartamento no qual se escondiam em Saint-Denis, um subúrbio do norte de Paris, poucos dias depois dos atentados de 13 de novembro.
* AFP