Condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa no escândalo da Petrobras, o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, teria decidido fazer delação premiada, informou o jornal Folha de S. Paulo.
Pinheiro era um dos empresários mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a delação deve envolver informações sobre as reformas no triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, além de pagamentos de suborno a parlamentares.
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Segundo o jornal, esboços das declarações estão sendo escritos nesta semana e negociados com a Procuradoria Geral da República. Nessas declarações, Pinheiro detalharia que as obras no sítio de Atibaia teriam sido feitas por um conjunto de empresas amigas do ex-presidente: OAS, Odebrecht e a Usina São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai.
Além disso, a Folha apurou que Pinheiro deve relatar que pagou dívidas da campanha de Dilma Rousseff em 2010 no valor de R$ 717 mil para a agência Pepper, que cuidava da imagem da presidente nas redes sociais. Apesar de condenado, Pinheiro está recorrendo da sentença em liberdade. O recurso será julgado pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.
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