Em caráter emergencial, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de coordenação política nesta segunda-feira. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, o objetivo do encontro é tratar, entre outros temas, da agenda do Congresso para esta semana e também fazer uma avaliação sobre as manifestações previstas para domingo. A análise geral é de que a mobilização pró-impeachment ganhou adesão significativa após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prestou depoimento na Operação Lava-Jato na sexta-feira passada.
Protestos contrários à presidente estão marcados para o próximo domingo em todo o país, e militantes petistas também prometem manifestações de apoio à Dilma no mesmo dia. No sábado, em Porto Alegre, o Movimento Brasil Livre (MBL) realizou um ato em frente ao apartamento de Dilma na Capital. No domingo, apoiadores do PT também fizeram uma mobilização na frente da residência da presidente.
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A reunião de coordenação política deve contar com participação apenas dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria Geral) e o assessor especial da presidente, Giles Azevedo. Inicialmente, os líderes do governo – que costumam participar das reuniões de coordenação – teriam sido chamados, mas depois sua participação teria sido cancelada.
Após participar da entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida em Caxias do Sul durante a manhã, Dilma desembarcou em Brasília por volta das 14h. Na agenda presidencial, o único compromisso da tarde era uma reunião com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, às 15h30min.
Pela manhã, em Caxias do Sul, Dilma voltou a defender Lula:
– Não é possível que estejamos assistindo a pessoas que jamais se recusaram a depor serem conduzidas sob vara. O presidente Lula, justiça seja feita, nunca se julgou melhor do que ninguém, sempre que foi convidado a depor, foi. Não tem sentido conduzi-lo sob vara se ele jamais se recusou a ir.