A Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiou a invasão pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da sede do Grupo Jaime Câmara, em Goiânia, realizada na noite de terça-feira. O prédio que virou alvo do grupo de cerca de 70 pessoas abriga a TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, os jornais O Popular e Jornal Daqui e a sucursal da Rádio CBN.
"Trata-se de ato criminoso próprio de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático. É lamentável que o vandalismo seja usado contra os meios de comunicação, que cumprem sua missão de informar a sociedade", diz a ANJ, em nota divulgada na noite de terça-feira.
Além disso, a entidade afirma que jornais e demais meios de comunicação do país não se deixarão pressionar por atitudes de "intolerância e autoritarismo".
"A ANJ aguarda que as autoridades identifiquem os responsáveis pelo ato criminoso e os encaminhe à Justiça, para a punição, nos termos da lei", comenta.
Os manifestantes do MST, em sua maioria, estavam com o rosto coberto. As paredes do prédio foram pichadas com frases contra a Rede Globo. O jornal O Popular noticiou que, após o protesto, o grupo deixou a emissora escoltado pela Polícia Militar, que apenas acompanhou a manifestação. Não foram registrados confrontos, segundo a publicação.
Confira a íntegra da nota:
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudia e condena com veemência a invasão pelo MST da sede do Grupo Jaime Câmara, que edita os jornais O Popular e Daqui, e onde funcionam ainda a TV Anhanguera e a Rádio CBN.
Trata-se de ato criminoso próprio de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático. É lamentável que o vandalismo seja usado contra os meios de comunicação, que cumprem sua missão de informar a sociedade. Ao invadir e pichar o Grupo Jaime Câmara, buscando intimidar e constranger seu trabalho jornalístico, os integrantes do MST atingiram o direito dos cidadãos de serem livremente informados.
Os jornais e os demais meios de comunicação brasileiros não se deixarão pressionar por essas manifestações de intolerância e autoritarismo. A ANJ aguarda que as autoridades identifiquem os responsáveis pelo ato criminoso e os encaminhe à Justiça, para a punição, nos termos da lei.
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