Alas oposicionistas do PMDB estão redigindo, nesta sexta-feira, uma moção que defende o imediato rompimento com o governo de Dilma Rousseff. A ideia é colocar a proposta em votação na convenção nacional do partido, neste sábado, em Brasília. Entre os articuladores da tese da ruptura, estão os deputados federais gaúchos Osmar Terra e Darcísio Perondi.
– Cada Estado fará uma manifestação muito dura neste sentido e apoiará a moção. Temos dez Estados conosco e podemos chegar a 15, ninguém quer defender este governo – afirma Terra.
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Um texto prévio, que ainda deverá passar por ajustes, já está circulando. A redação cita a crise nacional, as investigações de altos integrantes do PT, "a notória incapacidade do governo" para contornar os problemas econômicos. O documento ainda diz que, apesar de ter espaços no governo – são seis ministérios atualmente – o PMDB nunca foi chamado a tomar decisões sobre o rumo das políticas nacionais. Também é defendida a candidatura própria em 2018.
A moção é encerrada com a defesa expressa da saída imediata do PMDB da base do governo, com entrega dos cargos federais e punição para aqueles que desrespeitarem a decisão com instauração de processo ético.
Vários diretórios do PMDB escrevem manifestos e moções. Alguns defendem ruptura total com o governo, outros pregam independência e ainda há os grupos governistas que pretendem permanecer aliados ao PT.
O rumo do PMDB será decisivo para o futuro da política nacional. Se o partido deixar a base governista, será facilitada a eventual queda da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.
Leia o documento na íntegra: