O organismo do Tesouro americano de luta contra crimes financeiros anunciou nesta sexta-feira a suspensão das acusações de lavagem de dinheiro apresentadas em março de 2015 contra o banco andorrano BPA.
O funcionamento do Banco Privado de Andorra (BPA) "já não representa uma ameaça para o sistema financeiro americano", declarou a FinCEN (Financial Crimes Enforcement Network), em uma nota.
"As medidas adotadas pelas autoridades andorranas oferecem proteção suficiente ao sistema financeiro americano frente a qualquer risco de lavagem de dinheiro por parte do BPA", acrescenta o comunicado.
"Em consequência, a FinCEN chegou à conclusão de que o BPA já não representa uma fonte maior de preocupação em relação à lavagem de dinheiro", completa o órgão.
Depois dessa decisão, o organismo suspendeu todas as restrições contra o banco privado e contra o Vall Banc, entidade criada pelas autoridades andorranas para concentrar os ativos não tóxicos do BPA.
Em março de 2015, a FinCEN acusou o BPA, quarto maior banco deste pequeno principado dos Pirineus entre Espanha e França, de ter facilitado a lavagem de milhões de dólares das máfias russa e chinesa, assim como da petroleira estatal venezuelana PDVSA.
As autoridades financeiras de Andorra intervieram no banco, e um de seus principais diretores, Joan Pau Miquel Prats, foi preso.
Além disso, criou-se uma Agência de Estado de Reestruturação e Resolução de Entidades Bancárias (AREB), que separou os ativos tóxicos dos saudáveis. A operação levou à colocação desses últimos em Vall Banc e à venda desta nova entidade.
No final de 2013, o BPA administrava 7,1 bilhões de euros de ativos no mundo.
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