A Polícia Civil de Rosário do Sul investiga um suposto caso de estrupo de vulnerável envolvendo um militar do 4ª Regimento de Carros de Combate (4º RCC), que tem sede na cidade. O caso teria ocorrido entre 21h e 22h do último sábado. O militar teria abusado sexualmente de uma menina de 14 anos em um campo atrás do Instituto Estadual de Educação Ruy Ramos, no bairro Presidente Vargas.
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A vítima foi encaminhada para São Gabriel, onde passou por exame de corpo de delito no Posto Médico Legal da cidade ainda no sábado, para coletar provas para comprovar se houve ou não o abuso.
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Conforme a delegada Karina Heineck, responsável pelo caso, a investigação está no início, por isso, ainda há poucas informações concretas. O jovem, que tem 23 anos e é 3º sargento temporário do 4º RCC, teria saído com a menina de carro e levado-a até o campo que fica atrás da escola, onde teriam ocorrido os atos sexuais. Depois, ele teria deixado a menina na frente da casa dela.
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Existe a possibilidade de que a relação tenha sido consensual. No entanto, a família alega que a menina sofre de problemas psiquiátricos e não teria condições suficientes de discernimento para a prática de ato sexual.
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- Foi a família da vítima que registrou a ocorrência após a menina contar os fatos. A investigação ainda está muito incipiente. Ainda não recebemos o laudo que comprova se houve ou não relação sexual. Já coletamos roupas da vítima e vamos começar a ouvir algumas pessoas. Recebi também um atestado médico de que ela não teria perfeitas condições neurológicas, mas precisamos apurar qual é o tamanho desse grau de comprometimento intelectual - explica a delegada.
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Se não for comprovado nenhum problema psiquiátrico na vítima e se o envolvimento foi consensual, o suspeito não responderá por estupro de vulnerável, já que a vítima tem mais de 14 anos. No entanto, se for comprovado o problema psiquiátrico, o estupro de vulnerável se configura novamente. Para esse caso, a pena prevista no Código Penal vai de oito até 15 anos de prisão.
Exército vai investigar
O comandante do 4º RCC, tenente-coronel Vagner Knopp de Carvalho, afirma que a instituição tomou conhecimento do fato no sábado. O militar continua trabalhando, mas está afastado das suas tarefas rotineiras. De acordo com o comandante, o Exército se colocou à disposição da polícia. Além disso, o 4º RCC abriu um Processo Administrativo Disciplinar para apurar a conduta do militar.
- Estamos apurando a veracidade dos fatos. Se for comprovado, surge uma incompatibilidade com os princípios militares, éticos e com a permanência dele nas Forças Armadas, e ele será excluído da corporação - afirma.