Dez dias após o temporal que deixou o Cisne Branco submerso nas águas turvas do Guaíba, o barco ícone de Porto Alegre segue sem flutuar e amarrado a duas balsas. A embarcação permanece ao lado do Cais Mauá, onde, no dia 29 de janeiro, foi virada pela força do vento e das ondas. Na segunda-feira, no entanto, o processo metódico para desvirar o barco avançou a ponto de deixar 80% de sua estrutura para fora da água. Por volta das 18h, os trabalhos foram encerrados. Às 7h30min desta terça-feira, o processo recomeçou.
– A expectativa é de que na terça-feira a gente finalmente consiga terminar o processo. Vai ser bem rápido – comentou a proprietário do Cisne Branco Adriane Hilbig.
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A empresária explicou que o trabalho – se que iniciou no último sábado de janeiro – precisa ser minucioso para que a embarcação construída em 1978 seja preservada ao máximo. Adriane contou, ainda, que não avaliou os prejuízos e nem sabe quando o barco irá voltar a transportar turistas.
– Eu gostaria que fosse amanhã (terça-feira) mesmo – brincou.
Após finalizar o trabalho de reflutuação, uma equipe especializada será contratada para avaliar os danos causados pelo afundamento e apontar quais reparos precisarão ser feitos para que a embarcação fique apta a navegar.
– A expectativa é de que terça-feira a gente finalmente consiga terminar o processo. Vai ser bem rápido.
Após finalizar a reflutuação, uma equipe especializada será contratada para avaliar os prejuízos e apontar quais reparos precisarão ser feitos para que a embarcação fique apta a navegar.
Histórico do processo
Sábado (30/01) – Planejamento com engenheiro naval, vedação dos tanques de combustível e instalação de boias de advertência e contenção. À tarde, a primeira balsa chegou ao cais.
Domingo (31/01) –Realização de amarrações no barco e na balsa para que fosse iniciado o processo de reflutuação. O barco foi preso para que ficasse aparente na beira do cais.
Segunda-feira (01/02) – Teve continuidade o processo de usar o peso da balsa para puxar o Cisne Branco. As amarrações precisaram ser reforçadas.
Terça-feira (02/02) – Uma quantidade maior de amarrações precisou ser feitapara evitar o rompimento da embarcação. Neste dia foi constatada a necessidade de uma segunda balsa para auxiliar o processo.
Quarta-feira (03/02) – A segunda balsa chegou por volta do meio-dia e a tarde foi dedicada à realização das amarrações para fixar a estrutura ao barco.
Quinta-feira (04/02) – Em várias manobras envolvendo as duas balsas, a embarcação apresentou pequeno avanço, com inclinação de dez graus e ficando com metade da estrutura fora da água.
Sexta-feira (05/02) – Novamente foram feitas manobras delicadas com as balsas. O Cisne Branco encerrou o dia com 50% do casario aparente e inclinação de quase 45 graus.
Sábado (06/02) – Foram feitas manobras delicadas com as balsas para que o barco ficasse mais perto da superfície.
Domingo (07/02) – Foram refeitas algumas amarras e movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Segunda-feira (08/02) – Foram feitas movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.