Os preços dos combustíveis em Santa Maria seguem oscilando. É o que mostra a pesquisa de preços em 25 postos da cidade entre terça e quarta-feira pela reportagem do "Diário". A gasolina passou por uma estabilização dos valores cobrados pelo litro do combustível.
Em cinco estabelecimentos, o preço teve ligeira redução e em outros dois, uma leve alta. Na média, a gasolina está custando R$ 3,90, contra R$ 3,89 apurados no fim de janeiro. Já o etanol segue com alta acelerada e chega a superar o valor da gasolina em alguns postos.
Em dois estabelecimentos, o valor do álcool é até R$ 0,10 mais caro que o combustível mais vendido. Em outros dois, o preço é o mesmo e, em cinco locais, a gasolina é mais cara, mas a diferença é menor do que R$ 0,10. Mas, como o litro do etanol é bastante desigual na cidade, o preço médio do litro foi calculado em R$ 3,71.
Troca não compensa
Ou seja, nem de longe anda compensando abastecer carros Flex com o biocombustível. Para ser financeiramente mais proveitoso, o preço do etanol deve ser de até 70% o da gasolina.
No local onde o álcool é encontrado pelo menor preço, a R$ 3,08, a relação é de 77%. Mesmo assim, há pessoas que seguem preferindo o combustível à base de cana, por razões ecológicas ou para dar mais potência ao motor.
Para esses motoristas, o indicado é fazer pesquisa, já que a variação de preços chega a 26,5%. Ou seja, ao abastecer, a cada quatro litros no tanque, um vai de brinde em comparação com o posto onde o etanol custa mais caro.
A explicação para o fenômeno tem a ver com o câmbio desvalorizado para o real. Como a cana-de-açúcar é matéria-prima tanto do combustível quanto do açúcar, os produtores vendem a colheita para quem paga mais. Assim, as usinas de açúcar para exportação têm consumido boa parte do que poderia ser destinado à fabricação de etanol. Como a oferta cai, o preço sobe.