A Secretaria da Fazenda do Estado deverá depositar apenas R$ 1.750 nas contas dos servidores do Executivo na madrugada de segunda-feira. A informação é da colunista do jornal Zero Hora Rosane de Oliveira.
Salário de janeiro ainda não está garantido
Conforme a colunista, a expectativa é ampliar esse valor até o final da tarde, com a entrada do ICMS da energia e das telecomunicações, mas, dificilmente, serão pagos mais do que R$ 2,5 mil no primeiro dia. A folha foi rodada com nove faixas, sendo a primeira de R$ 1.750. A Secretaria da Fazenda não confirma esses números, mas admite que haverá atraso. Nesta sexta-feira, às 15h, o secretário Giovani Feltes anunciará o parcelamento e apresentará os cenários para a quitação da folha.
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A conclusão do pagamento dependerá do comportamento do governo federal em relação à parcela da dívida, que mais uma vez, não será paga em dia. Se houver bloqueio nos primeiros dias de março, parte dos salários será paga em 11 de março e outra, em no dia 15. Em janeiro, com o cofre reforçado pela antecipação do IPVA, a Fazenda começou pagando até R$ 4,9 mil e encerrou o dia 29 quitando todos os salários do Executivo. Neste mês, com a receita menor, a quitação dentro do mês está descartada.
Em reunião no final da tarde desta quinta-feira, técnicos da Fazenda apresentaram ao secretário Giovani Feltes os últimos números da arrecadação e as despesas que poderão ser pedaladas para ampliar as faixas de pagamento dos salários. Integrantes do governo e líderes de partidos aliados pressionaram para que o anúncio do parcelamento fosse antecipado, para dar mais tempo aos servidores de se programarem, mas Feltes deixou o anúncio para esta sexta-feira, pouco antes de dar o comando ao Banrisul sobre o valor a ser pago.
Em vigor desde 1º de janeiro, o aumento do ICMS não está sendo suficiente para compensar a queda da atividade econômica. O governo já previa uma baixa arrecadação neste mês que, além de ser mais curto, foi interrompido por dois feriadões - Navegantes e Carnaval. Em março, as previsões são pessimistas, já que a recessão continua. A situação deve melhorar em abril, prazo limite para a quitação do IPVA.
A incerteza sobre o pagamento dos salários marcou o ano de 2015, com sucessivas ameaças de atraso. O pior mês foi de agosto, quando o governo começou pagando até R$ 600 e terminou de quitar a folha no dia 20 de setembro.