Exames feitos no Hospital de Caridade de Santiago, na Região Central, confirmaram que dois pacientes estão com bactérias multirresistentes. Eles chegaram ao local há cerca de 15 dias, cada um com sintomas diferentes.
As bactérias são chamadas assim porque criam resistência ao uso de antibióticos e não respondem ao uso de medicamentos comuns. Por isso, foram adotadas medidas de segurança no hospital.
"Decidimos não mais liberar o trânsito de visitantes a esses pacientes. Nós queremos, com isso, evitar que sejam levadas mais bactérias a esses pacientes que já estão imunodeprimidos, e também evitar que o acompanhante tire a bactéria do hospital e leve para a casa dele. Em uma cidade pequena como Santiago, as pessoas muitas vezes chegam para visitar seus parentes e acabam indo para outros quartos", explica a diretora técnica do hospital, Sônia Nicola.
Agora há uma restrição no número de acompanhantes, que só podem ser trocados em determinados horários. Os médicos também utilizam procedimentos diferenciados. Há duas possibilidades para como essas pessoas acabaram infectadas: ou tomaram antibióticos sem recomendação ou adquiriram no próprio hospital, o que é bem improvável, de acordo com a direção.
Os pacientes estão estáveis, em isolamento, e sendo tratados com antibióticos de última geração. Em alguns casos que aconteceram no país, a bactéria multirresistente foi fatal. Em Santiago, não houve nenhum óbito, e a direção afirma que a situação está controlada.