Os quatro suspeitos de atacar a socos e pontapés um morador de rua na madrugada de 2 de fevereiro em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, não serão presos, de acordo com a Polícia Civil. Então funcionários da empresa ART Construtora e Serviços EPP, que faz a coleta de resíduos na cidade, eles agrediram a vítima a chutes e socos no bairro Jardim Mauá. Câmeras de vigilância de um estabelecimento comercial registraram a ação, que ocorreu na Rua Arapeí, próximo à Avenida Mauricio Cardoso.
Os homens foram demitidos e se apresentaram à delegacia. Conforme o delegado Enizaldo Plentz, o morador de rua está com medo de represálias e não quer registrar ocorrência. Após analisar as imagens e ouvir os suspeitos, ele diz que o episódio não se enquadra como tentativa de homicídio:
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– Foi repugnante, mas temos de olhar pela lei. A pena para isso é de três meses a um ano de detenção. Como eles não têm antecedentes, não vão para a cadeia.
Os garis relataram a Plentz que bateram no morador de rua "porque estavam irritados". Eles conheciam a vítima e argumentaram que o homem sujava a rua e os provocava frequentemente.
– Se mostraram arrependidos e falaram que exageraram – afirma o delegado.
O ataque durou mais de 20 segundos (veja no vídeo abaixo) e só foi interrompido depois da intervenção de uma pessoa que estava em um prédio vizinho. A vítima catava lixo em um contêiner quando o caminhão da prestadora se aproximou.
Os suspeitos, então, foram correndo em direção ao morador de rua. Um deles desferiu uma voadora no momento em que o catador estava agachado. Depois dos golpes, eles recolheram os resíduos e seguiram trabalhando normalmente.