O fechamento dos 190 postos de trabalho da Souza Cruz em Cachoeirinha foi acertado ainda na quarta-feira com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Fumo de Porto Alegre e Cachoeirinha. Conforme o presidente da entidade, Joaquim Jevinski, outros 50 trabalhadores da produção de cigarros no município terão os empregos mantidos e serão realocados em outras unidades. O encerramento das atividades da área se dará somente no dia 4 de abril. Até lá, todos permanecem trabalhando.
No acordo firmado entre empresa e sindicato, foram estabelecidos vários benefícios aos funcionários que serão desligados. Entre eles, está o pagamento por seis meses dos valores correspondentes a cesta básica e plano de saúde, além de um adicional de 30% do salário por ano trabalhado.
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– Eles também serão amparados por todos os direitos previstos em lei. O apoio do sindicato aos funcionários ocorre em parceria com a empresa, com a oferta de uma consultoria para os funcionários com orientações sobre currículos e encaminhamento para possíveis empregadores – disse Jevinski.
Sobre o fechamento da produção de fumo da empresa em Cachoeirinha, o presidente do sindicato apontou o contrabando como causa.
– Infelizmente, como ninguém faz nada neste país, o fechamento é decorrente do contrabando, que não dá imposto para o Brasil. Aqui no Estado, 48% do cigarro consumido é de origem ilegal. Ele vem da fronteira, entra de graça. É difícil para a empresa, para o município, para as famílias.
Conforme Jevinski, em dezembro de 2014 a mesma unidade havia demitido 80 pessoas após encerrar os trabalhos no turno da noite. Outros setores da empresa em Cachoeirinha continuam operando normalmente.