O empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, voltou para a prisão em regime fechado. Por ordem do juiz federal do Rio de Janeiro Marcelo Bretas, a Polícia Federal prendeu o executivo às 17h desta quarta-feira, em sua residência em São Paulo.
O juiz considerou que deveria ter se pronunciado acerca da prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica a que Azevedo estava submetido desde a última sexta-feira, por decisão de um colega dele, o juiz federal da Operação Lava-Jato Sérgio Moro.
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Por ter fechado acordo de delação premiada, o executivo da Andrade Gutierrez obteve a prisão domiciliar. Contra Otávio Marques de Azevedo, porém, pesam duas ordens de prisão. Uma em Curitiba, base da Lava-Jato, e outra no Rio.
Em Curitiba, sob responsabilidade de Sérgio Moro, corre ação sobre esquema de propinas na Petrobras. No Rio, sob responsabilidade do juiz Marcelo Bretas, tramita ação sobre esquema de propinas na Eletronuclear envolvendo seu ex-presidente, o almirante Othon Pinheiro.
A delação premiada de Otávio Azevedo foi firmada no âmbito da Lava-Jato em Curitiba, onde o juiz Moro autorizou a remoção do empreiteiro para o regime domiciliar, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, na última sexta-feira.
O juiz federal do Rio, no entanto, considerou que tem que se pronunciar sobre a medida porque contra Otávio Azevedo há mandado de prisão nos autos sob sua guarda.