O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, e o diretor de operações da mineradora, Kleber Terra, tiveram seus pedidos de afastamento aceitos pelo Conselho de Administração da empresa nesta quarta-feira. Os dois fazem parte da lista de indiciados pela Polícia Federal pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no início de novembro do ano passado. As informações são do G1.
PF indicia Samarco, Vale, executivos e técnicos por tragédia em Mariana
Em nota, a Samarco comunicou que "os executivos acreditam que o licenciamento temporário é importante para que possam se dedicar às suas defesas".
Roberto Carvalho, diretor comercial da mineradora, assume as funções de diretor-presidente interinamente. Maury de Souza Júnior, atual diretor de projetos, exercerá a função de Terra na diretoria de operações.
No dia 13 de janeiro, a PF indiciou Vescovi, Terra e outros sete executivos e técnicos da empresa por crimes ambientais decorrentes do derramamento de 32 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração no Rio Doce. A Vale, uma das donas da Samarco, e a consultoria VogBR, responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem que se rompeu, também foram indiciadas.
Os indiciados estão sendo acusados pelo crime de poluir causando danos à saúde humana, a morte de animais e a destruição da flora, previsto no artigo 54 da Lei de Crimes Ambientais, entre outras infrações. A pena para esse delito é reclusão de seis meses a cinco anos, além do pagamento de multa.
O rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro, em Mariana (MG), causou a morte de 17 pessoas, devastou municípios, prejudicou o abastecimento de água em dezenas de cidades e continua causando impactos ambientais graves no Rio Doce e no oceano.
*Zero Hora