Depois de ter alta do Hospital Casa de Saúde e ser transferida para o Presídio Regional de Santa Maria na última quinta-feira, Stéphanie Freitas, 24 anos, suspeita de matar a ex-namorada Helenara Pinzon, 22 anos, no dia 5 de dezembro de 2015, deve ir para uma cela especial, por conta de ter curso superior.
Advogado de suspeita de matar a ex-namorada tentará uma cela especial para a jovem
A defesa da ré, que é educadora física, pediu a liberdade provisória dela ou a transferência para uma cela especial na Base Aérea de Santa Maria. No entanto, o pedido foi negado pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria. Em sua decisão, o magistrado ordenou que seja destinada uma cela especial para Stéphanie no próprio Presídio Regional.
Suspeita de matar a ex-namorada a facadas em Santa Maria vai para o Presídio Regional
"Indefiro o pedido de liberdade provisória, o pedido de prisão domiciliar, bem como o requerimento para transferência à Base Aérea de Santa Maria e mantenho a prisão preventiva de Stéphanie Fogliatto Freitas. Oficie-se ao Presídio Regional de Santa Maria para que adote as medidas necessárias, a fim de dispor uma cela especial a acusada Stéphanie, separando-a das demais detentas, vez que se trata de presa com curso superior", dizia um trecho do despacho de Louzada.
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O diretor da casa prisional, Aldenir Batista, afirma que ainda não recebeu a ordem, mas adianta que o local não dispõe de cela especial. Mesmo assim, deverá cumprir a ordem judicial:
- O presídio é adaptado para mulheres. Se for ordem judicial, vamos adaptar uma cela, até conseguir uma vaga para ela em Porto Alegre ou Viamão, onde há celas especiais. Onde ela está agora não tem perigo, já colocamos ela ali prevendo isso, é uma cela bem tranquila - explica Batista.
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Stéphanie está em uma cela de 12 metros quadrados, onde estão mais três detentas em regime provisório. Com a adaptação, a acusada ficará em uma cela sozinha. Apesar da promessa do diretor do presídio, a defesa diz que se Stéphanie for transferida, vai desfazer o pedido, a fim de que ela fique em Santa Maria.
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Na mesma decisão, o juiz deferiu o pedido da defesa para que oito das 11 testemunhas arroladas pelo Ministério Público sejam ouvidas, o número máximo permitido pela legislação processual penal.
Caso Helenara
Justiça nega liberdade a suspeita de matar a ex-namorada, que vai para cela especial
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Naion Curcino
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