Haifa, Israel - No Elika, bar que fica no bairro de Hadar dessa cidade portuária cheia de ladeiras, uma psicodramatista de trinta e poucos anos enrola um cigarro e beberica café com o pai, um ator famoso em Israel. O bartender serve dois copos altos de cerveja para duas mulheres que chegam, a pé, para degustar a bebida da tarde. Ali perto, uma garota de 22 anos com a cabeça parcialmente raspada e várias tatuagens pelo corpo está sozinha, trabalhando no laptop.
Esses homens e mulheres, cheios de piercings, tatuagens e cabelos exóticos, fazem parte do cenário social de Haifa - e lembram muito os hipsters bem de vida de Tel Aviv. A diferença é que aqui os jovens bem-nascidos são palestinos e criaram um espaço árabe autoconsciente que é secular, feminista e receptivo à homossexualidade.