Inaugurada em dezembro de 2015, a pré-escola Paraíso Infantil, em Marau, no norte do Estado, reduziu de 360 para apenas 200 o déficit de vagas na educação infantil do município, segundo a prefeitura local. Com a 14ª creche finalizada em março deste ano, a cidade deve suprir toda a demanda para crianças de seis meses a cinco anos de idade.
Para que a obra fosse concluída, a prefeitura de Marau teve de investir quase R$ 1 milhão para terminar um projeto do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), já que o valor de R$ 1,138 milhão destinado pelo governo federal não foi suficiente.
O contrato foi firmado em 2011 com uma empresa de Santa Catarina, que constrói com base em projetos voltados para cidades da região norte do Brasil. Foi necessário readequar a estrutura para proporcionar conforto às crianças, principalmente no período de inverno, e para seguir regras de mobilidade, prevenção de incêndio e cercamento. Cerca de 160 alunos serão atendidos por 42 profissionais em 14 turmas.
– Tivemos de colocar vidros em toda a estrutura, em uma área grande. A creche era aberta, pois tem como molde as cidades do Norte. A contrapartida acabou sendo alta – diz o prefeito de Marau, Josué Longo.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, Zero Hora mostrou que somente quatro de 208 creches do Plano Nacional de Educação foram inauguradas no Rio Grande do Sul. A previsão era de que, até o final de 2015, 208 estariam funcionando. A empresa MVC, que venceu licitação em 2012, se comprometeu a terminar 47 pré-escolas. As demais podem ter os contratos rompidos ou rediscutidos com as prefeituras afetadas.
No papel, cada escola estaria pronta em sete meses, e a contrapartida das cidades era preparar os terrenos para recebê-las. Por meio do Proinfância, a União garantiu os recursos, e a MVC prometeu um prazo rápido porque utiliza um modelo próprio de chapas prontas de fibra de vidro. Na prática, porém, nada saiu como foi idealizado.