O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso por decisão do Supremo Tribunal Federal por suspeita de tentar prejudicar o andamento da Operação Lava Jato, foi suspenso do partido por 60 dias, segundo o presidente nacional da sigla, Rui Falcão. Em entrevista nesta sexta-feira, o dirigente afirmou que as atitudes do parlamentar "são passíveis de expulsão", mas que essa medida só pode ser tomada pelo diretório nacional do PT.
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Os integrantes da Executiva Nacional do PT se reuniram na tarde desta sexta para discutir a situação de Delcídio e o recém-aceito pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A bancada do partido no Senado defendeu a suspensão cautelar do ex-líder do governo. Em nota, os senadores pedem que a Executiva represente, na Comissão de Ética do partido, pela abertura de processo disciplinar contra Delcídio, "com vista a que sejam apuradas as acusações que lhe são imputadas".
No mesmo texto, a bancada lembra ter se posicionado, na votação do Senado realizada na quarta-feira, contra a prisão de Delcídio ao questionar os princípios da constitucionalidade e da separação e independência de Poderes. Mas destaca que a tese foi vencida em votação pela maioria da Casa.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, uma corrente do PT - que inclui o presidente, Rui Falcão - defendia a expulsão sumária de Delcídio. Contudo, acabou vencedor o grupo que pedia um julgamento na comissão de ética.
O presidente da Executiva Regional do PT em Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Biffi, protestou contra a ideia de expulsão sumária do senador. Biffi afirmou que Delcídio, de quem é amigo, tem direito de defesa, "como qualquer cidadão".
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Delcídio Amaral foi preso no dia 25 de novembro, após informações de que estaria atrapalhando as investigações da Operação Lava-Jato.
* Zero Hora, com Estadão Conteúdo