Os servidores municipais de Pelotas lançaram uma nota neste sábado (5) com possíveis consequências à implantação do ponto biométrico. Em texto não assinado pelo Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp), os funcionários afirmam que não contra o sistema, mas "buscam a manutenção as cargas horárias historicamente realizadas impostas pela própria Prefeitura". O texto critica o prefeito Eduardo Leite (PSDB) e avisa que a imposição de novas jornadas de trabalho pode causar muitos pedidos de demissão.
O Poder Executivo vem implantando a ferramenta em todas as secretarias e repartições desde o dia 1º deste mês. O sistema segue em testes e o registro da jornada diária será exclusivo a partir de janeiro. Segundo o titular da Secretaria de Gestão Administrativa e Financeira (Sgaf), José Francisco Cruz, há servidores com os mesmos salário e funções, mas cumprindo cargas horárias diferentes.
A polêmica iniciou desde o anúncio do decreto. O Simp defende que os servidores desempenham atribuições por iniciativa própria e cobram ausência da organização administrativa da Prefeitura. O comunicado cita a retirada do vale-alimentação de quem possui duas matrículas, o não pagamento do piso nacional do Magistério e dos Agentes Comunitários e o contrato sem licitação de R$ 2 milhões com a consultoria Falconi para diagnosticar problemas na Educação, dentre outros pontos.