Com a melhora do tempo, 248 famílias atingidas pelas cheias conseguiram voltar para casa entre ontem e esta terça-feira (29), na Fronteira Oeste e na Região Central. Conforme o novo balanço da Defesa Civil, 1.728 famílias seguem fora de casa, sendo 1.564 desalojadas e 164 desabrigadas. Em Uruguaiana e São Borja, a previsão é que esses moradores só consigam voltar para casa em janeiro.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil na Fronteira Oeste, major Freitas, 646 famílias saíram de casa em Uruguaiana e 368 em Itaqui. Em Alegrete, alguns moradores começaram a ir para casa, apesar do alerta de chuvas intensas na região.
Mais de 2,3 mil famílias tiveram algum prejuízo em razão das chuvas em 43 cidades gaúchas. Barra do Quaraí, Quinze de Novembro, Ibirubá e São Borja decretaram situação de emergência, somando agora 17 casos em análise do Estado.
Em Quaraí, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei da prefeitura que isenta do pagamento do IPTU as famílias atingidas pelas cheias com renda de até quatro salários mínimos. Segundo a Defesa Civil, 450 das 750 famílias que estavam fora de casa pela enchente do rio Quaraí já voltaram para casa na cidade.
Em relação à falta de energia, 2,1 mil clientes da AES-Sul seguem sem luz, na Fronteira Oeste, por falta de segurança para a rede funcionar ou por falta de acesso aos equipamentos elétricos. A maioria está em Alegrete. Não há previsão de retorno, já que a concessionária aguarda a redução no nível das águas.
As cheias também causam bloqueios em três rodovias do Estado. No km 385 da BR-153, em Cachoeira do Sul, na Região Central do Estado, a cabeceira da ponte cedeu e o trecho está totalmente bloqueado. Já em São Luiz Gonzaga, nas Missões, o km 91 da RS-168 está totalmente bloqueado em razão da cheia do Arroio Pirajú, que danificou a estrutura da ponte. Na RS-806, em Alegrete, a ponte sobre o Rio Caverá está interditada. A cheia fez com que a água atingisse a estrutura da ponte, bloqueando o trecho.