Ex-universitário suspeito de pedofilia confessa extorsão, mas nega ter hackeado perfis

Foi interrogado na tarde desta quinta-feira o jovem Matias Bueno Ferraz, 23 anos. Ele era estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), onde foi preso no dia 27 de abril deste ano, pelo crime de extorsão. Conforme investigação da 3ª Delegacia de Polícia, ele invadia perfis no Facebook, roubava fotos íntimas das vítimas e, por meio de contas falsas, extorquia essas pessoas pedindo dinheiro para não publicar as imagens.

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Durante aproximadamente 30 minutos, o suspeito foi interrogado pelo juiz Leandro Sassi, pelo promotor Fernando Barros, pelo assistente de acusação e advogado de uma das vítimas, Jonas Stecca, e pelo próprio advogado de defesa, José Inácio da Conceição. Nas respostas, Ferraz negou ter invadido os perfis, mas admitiu que tentou tirar dinheiro de uma das vítimas, mas se arrependeu um dia antes do combinado para pegar o dinheiro.

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- Consegui o e-mail e a senha em um site, que está disponível para qualquer pessoa. Com isso, tive acesso às fotos, que estavam no Facebook. Por curiosidade, eu salvei. Passou alguns dias, e eu estava precisando de dinheiro, aí foi quando pedi a ela (vítima) uma quantia em troca de não divulgar as fotos. Mas eu não tinha a intenção de divulgar as fotos e não divulguei, só queria o dinheiro. Mas, um dia antes do combinado para pegar o dinheiro, desisti de fazer aquilo - explicou o jovem.

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Ferraz foi preso em flagrante em abril deste ano quando chegava próximo ao local onde havia combinado com a vítima para deixar o dinheiro em troca de não divulgar as fotos. Ele foi solto no fim de setembro deste ano.

Sobre as fotos de outras duas adolescentes em cenas pornográficas encontradas em seus computador, o suspeito afirmou que recebeu de grupos de amigos e que não tinha como saber que eram adolescentes. Ferraz disse ainda que nunca falou com essas outras duas meninas.

- Ele falou a realidade dos fatos, ficou tudo bem esclarecido. O fato que ele cometeu (a extorsão), ele admitiu. As outras coisas, ele recebeu, não invadiu nada - reforça o advogado do suspeito, José Inácio Conceição.

Agora que já ouviu o suspeito, o juiz Leandro Sassi deve publicar as sentenças com o crime ou os crimes pelos quais o jovem responderá.