O Palácio do Planalto se manifestou por meio de nota sobre a nova fase da Operação Lava-Jato, batizada de Catilinárias. Entre os alvos da ação desta terça-feira estão os ministros da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (RJ), e do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN), ambos do PMDB.
No texto divulgado pela Secretaria de Imprensa do Planalto, o governo afirma que os fatos envolvendo ministros e outras autoridades devem ser "esclarecidos o mais breve possível". A nota também prega que os investigados possam se defender e que a "verdade se estabeleça". A mensagem não comenta o futuro dos ministros.
Além de Pansera e Henrique Alves, a operação desta terça-feira cumpriu mandados relacionados com outros políticos, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
O Planalto monitora o impacto da operação na pauta de votações. A intenção era tentar aprovar nesta terça-feira, em sessão conjunta do Congresso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. Como dois aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão entre os alvos da Catilinárias (o deputado Anibal Gomes e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado), fica dúvida sobre a realização da sessão.
Sede do PMDB em Alagoas é alvo de buscas da Operação Catilinárias
Confira a íntegra da nota do governo federal:
O Governo Federal espera que todos os fatos investigados na nova fase da Operação Lava Jato envolvendo Ministros de Estado e outras autoridades, sejam esclarecidos o mais breve possível, e que a verdade se estabeleça. Que todos os investigados possam apresentar suas defesas dentro do princípio do contraditório, e que esse processo fortaleça as instituições brasileiras.
Secretaria de Imprensa
Secom/Presidência da República