O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reúne na tarde desta terça-feira para votar o parecer prévio do relator Fausto Pinato (PRB-SP) que pede a admissibilidade do processo disciplinar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Pronto para deflagrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista aposta no apoio dos petistas para se livrar do processo por quebra de decoro parlamentar.
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Membros titulares do colegiado, Zé Geraldo (PA), Valmir Prascidelli (SP) e Leo de Brito (AC) se reúnem para discutir o posicionamento do PT na votação. Na segunda-feira, Cunha deu indicações ao Palácio do Planalto de que, se os três petistas votarem pela continuidade da ação, ele vai retaliar e dar prosseguimento aos pedidos de impeachment de Dilma. Com este cenário, o governo intensificou a pressão sobre os conselheiros.
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Até esta segunda, os aliados de Cunha contavam com o apoio de nove dos 20 conselheiros aptos a votar - não contabilizando o presidente José Carlos Araújo (PSD-BA). Nos cálculos dos amigos do peemedebista, 11 titulares tendiam a votar pela admissibilidade do processo disciplinar. Eles contavam com dois votos favoráveis a Cunha do PP, dois do PR, dois do PMDB, um do PSC, um do PSD e um do Solidariedade. O voto do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) ainda não é uma garantia.
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A reunião do Conselho será aberta com a apresentação da defesa de Cunha, que será feita pelo advogado Marcelo Nobre. Os deputados próximos do peemedebista dizem que não utilizarão manobras regimentais para obstruir a votação porque acreditam que o processo será arquivado nesta terça.
* Estadão conteúdo